segunda-feira, 17 de maio de 2010

PAG IV - Resumo e Material

Olá amigos,

Desculpem o atraso, estamos tratando de garantir a excelência dos eventos que teremos com Niels Pflaeging em nosso próximo encontro. Em nosso último encontro, tivemos a excelente explanação do Dr. Samuel e do Dr. Isocley sobre participação acionária dos empregados e participação nos resultados.

Os slides que eles apresentaram são muito bons, e auto explicativos. Ao clicar na página do material, vocês poderão baixá-lo.

Na segunda parte do encontro exploramos o conceito do BSC e a aplicação prática dele em nossas empresas. Estes são os pontos mais relevantes que ficaram da segunda parte de nosso encontro:

1 - Primeiramente nós vimos sobre a mudança no ambiente de gestão que ocorreu da Sociedade Industrial para a Sociedade da Informação. Apesar da grande mudança que ocorreu no mundo, as ferramentas de gestão permaneceram as mesmas, voltadas para a Hierarquia do Organograma, o Comando e Controle e o Planejamento Estratégico ou seja, a Gestão Alfa. No entanto, o ambiente atual exigia uma Hierarquia de Fora para Dentro, onde o Cliente dá as ordens e é necessário desenvolver o pensamento estratégico das equipes, ou seja a Gestão Beta.

2 - O conceito original do BSC (4 perspectivas e causa e efeito) se encaixa perfeitamente dentro da Gestão Beta. Pois mostra que Financeiro é o efeito, e a gestão deve ocorrer na causa, ou seja, em Clientes, Processos e Pessoas. Dentro desta causa, o Foco da gestão deve ser os Clientes, e a base da Gestão deve ser as pessoas.

3 - Os descobridores do BSC se empreenderam em diversos negócios desde que trouxeram esta ferramenta. Esses empreendimentos diversos acabaram distorcendo o conceito original do BSC, e surgiu a distorção que é o BSC com Foco Financeiro e Base nos Números. Esta distorção é muito praticada por empresas como Telecoms e Bancos, e constitui basicamente o conceito ensinado em MBAs. O grande problema é que, neste conceito distorcido, a gestão do BSC ocorre sobre o Efeito, e não sobre a Causa.

4 - Voltando ao BSC Original, vimos que ter Foco no Cliente significa buscar sempre "Superar suas Expectativas", pois esta é a única maneira de mantê-lo fiel no ambiente atual. Para conseguir superar suas expectativas, é necessário que haja Melhoria Contínua nos Processos (cada vez melhores, mais rápidos e mais baratos). E somente conseguimos melhoria contínua se nossa equipe desenvolve o Pensamento Estratégico, que é a capacidade de decidir e agir com precisão e de acordo com os valores da empresa.

5 - A Disciplina é o elemento mais crítico para que o BSC realmente dê bons frutos. Através da disciplina conseguimos estar continuamente desenvolvendo o Pensamento Estratégico nas equipes, utilizando como base o Processo Decisório. O Processo Decisório consta de 5 Passos cíclicos. São eles: Análise do Ambiente, Propostas de Solução, Decisões, Execução e Acompanhamento. Desenvolver o Pensamento Estratégico nas equipes significa fazer com que cada um passe a tomar decisões seguindo os passos do Processo Decisório. E isso é possível através da gestão dos Relatórios do BSC.

6 - Através do Registro das Decisões Diárias no BSC, é possível fazer com que todos participem do processo decisório e que fique transparente todas as decisões que estão sendo tomadas pelos gestores do BSC. Para as reuniões mensais de BSC, todos devem elaborar os relatórios dentro do padrão delineado pelo processo decisório. Assim, na Conclusão das Análises, as pessoas escrevem sobre Análise do Ambiente, Propostas de Solução e Acompanhamento, e nas Ações eles escrevem as Decisões e sua Execução.

7 - Deve-se tomar muito cuidado com os Números (metas e realizados) no BSC, porque os números cegam as pessoas para as análises do ambiente. É muito mais importante as pessoas estarem realizando o processo decisório em seu dia a dia, do que as pessoas estarem preocupadas com medição e metas. Uma forma de desenvolver o processo decisório nas pessoas é a construção do BSC sem indicadores, somente com Objetivos. Assim as pessoas podem estar focadas no processo decisório, construção de melhorias e satisfação dos clientes. Assim que estiverem maduras no processo decisório, começa-se a incorporar indicadores.

8 - É importante distinguir as análises e ações feitas nas perspectivas de Clientes, de Processos e de Pessoas. Na perspectiva dos Clientes, o Dono de Objetivo deve ser o advogado do cliente. Sempre preocupado em olhar a empresa com os olhos do cliente, mostrando quais processos da empresa devem melhorar para atendê-lo. Na perspectiva dos Processos a análise é focada na melhoria dos Processos para atender os clientes. E na perspectiva de Pessoas, a análise deve estar focada em comportamentos e qualificações necessárias à realização das melhorias necessárias nos processos.

9 - As empresas visionárias aplicaram a lógica da Gestão Beta e do BSC focado em Pensamento Estratégico, Melhorias e Superação das Expectativas dos Clientes. Eles aplicaram esta lógica principalmente em 3 fatores de estímulo ao progresso: Tentar de Tudo e Aplicar o que Deu Certo, Nunca é Suficiente, e ter Metas Audaciosas. A principal lição que nos deixaram foi a seguinte pergunta a ser feita sempre: "Como podemos fazer melhor amanhã do que estamos fazendo hoje?".

Muito bem amigos, aqui estão os slides do PAG IV: www.psbrasil.com.br/pag

Um grande abraço e até dia 28/05.
Renan

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